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Ronaldo sacou de um maço de notas e deu 100€ a jovem que o ajudou

Filipe Gonçalves teve a sorte de treinar com Cristiano Ronaldo, durante o período de quarentena em que o português se submeteu na Madeira.

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O jovem guarda-redes do Nacional nem quis acreditar quando subiu ao relvado da Choupana.

Pensávamos que era para trabalhar com o plantel principal. Ficámos incrédulos, parecia um sonho. Olhámos um para o outro e ficámos sem palavras, não fazíamos ideia nenhuma“, afirmou em declarações ao diário desportivo A Bola.

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Filipe Gonçalves teve de fazer o esforço de não contar a ninguém o privilégio que estava a viver.

Não podia contar a ninguém mesmo. Estava proibido. A informação era que o Nacional tinha regressado aos treinos e os meus pais pensavam isso. Foi a loucura total. Só quando saiu a notícia é que falei com os meus pais…”, referiu.

O jovem de apenas 18 anos também teve oportunidade de treinar com Cristianinho e considera que o filho mais velho de CR7 está no bom caminho.

“A nossa função era só mesmo estar à baliza para os exercícios de finalização. O Ronaldo fazia trabalho de corrida e força, nunca parava, nós acompanhávamos. Às vezes ficávamos com o filho a fazer uns remates. O miúdo sabe, tem jeito, boa técnica e força. Para a idade que tem, está no bom caminho“, considerou.

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As apostas

No final de cada treino havia uma competição entre todos para acertar com a bola na trave. Havia apostas a dinheiro e Ronaldo ficou particularmente impressionado com a seriedade do jovem, que até o recompensou com cem euros.

“No fim de cada treino, fazíamos cinco ou dez bolas à barra. Apostávamos que quem perdesse pagava um euro ou cinco euros aos outros dois, foi ele quem sugeriu. Perdi no primeiro treino. Mas nem levei dinheiro, não fazia ideia do que ia acontecer.

No dia a seguir, paguei ao Ronaldo. Cheguei perto dele, dei-lhe um euro e disse: ‘O prometido é devido.’ Ele agradeceu, sorriu e disse que era um grande gesto. Nesse treino chegou junto de nós com um maço de notas e deu cem euros a cada um como agradecimento.

Mas o dinheiro não foi incentivo. O maior incentivo foi treinar com ele. Num dia estávamos com os nossos colegas, no outro com o melhor do Mundo”, contou.

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O jovem madeirense também bebeu dos conselhos do astro português.

“Primeiro do que tudo, impressionou-me a humildade do próprio Cristiano. O trabalho, o sacrifício. Disse-me que não vamos a lado nenhum sem trabalho, que o futebol só lhe deu tudo depois de trabalhar. Incentivou-me para continuar a trabalhar, para não perder o foco, tal como ele”.

Por último contou a forma como Ronaldo atira à baliza e a sensação de defender os seus remates.

Consegui defender alguns, dentro do possível, mas ninguém tem noção da força que ele coloca nos remates. A colocação. É uma força da natureza. Tanto treinava livres como penáltis. Falou-me da forma como observa e estuda o guarda-redes antes de bater o penálti. Mas é imprevisível. Mesmo sabendo disto, defender é complicado”, concluiu.

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