Jorge Silas concedeu uma entrevista ao diário desportivo A Bola, onde abordou os 158 dias em que esteve à frente do Sporting.
Veja também: VÍDEO: Georgina em dança sensual mas os bebés só querem é carros
O técnico recordou o momento em que considerou que já não era solução para o clube do coração: a eliminação da Liga Europa diante dos turcos do Basaksehir.
“Fizemos quatro golos e sofremos cinco de bola parada nessa eliminatória. A bola parada tem muito de concentração e de foco. Aí sentimos que os jogadores já não estavam focados […]. A frustração da derrota levou-me logo a falar com o Hugo Viana. Ele disse-me e com toda a razão: ‘Silas, vamos dormir sobre o assunto porque a seguir às derrotas as decisões que se tomam quase nunca são boas’. Foi isso que fizemos, mas depois de descansarmos continuei a sentir o mesmo. Não estávamos a ser a solução e eu achava que o Sporting devia ter a oportunidade de contratar alguém a pensar no futuro“, afirmou.
Veja também: Pedro Guerra arrasa Jorge Jesus em novo livro
Silas lamentou também o facto de não ter conseguido implementar o sistema de jogo que pretendia para a equipa.
“Muito dificilmente eu conseguia trabalhar aquilo que queria, com a densidade de jogos e não tendo uma pré-época. Quando tínhamos mais tempo para trabalhar perdíamos mais de metade da equipa, pois eles são bons e iam para as respetivas seleções. Sem ter uma pré-temporada e tempo para trabalhar é difícil colocar uma equipa a jogar como nós queremos
O Sporting nunca jogou da maneira que eu queria jogar e que sinto que poderíamos jogar. Era um contexto muito diferente do que existe agora. Tinha vários jogadores que jogam muito no limite do risco. Ter um ou dois às vezes é bom, mas ter quatro ou cinco torna as coisas mais complicadas pois torna-se uma equipa com muita pressa. Este Sporting tinha muita pressa“, referiu.
Veja também: FOTOS: Ronaldo e Georgina trocam mensagens de amor no iate de luxo
Por último Silas reconheceu que tinha muitas “opiniões e ideias muito diferentes” das de Frederico Varandas e Hugo Viana sobre “muitos temas do Sporting”.
No entanto considera os dois dirigentes como “pessoas muito bem intencionadas”, sempre na procura do melhor para o Sporting.