Carlos Carvalhal concedeu uma entrevista ao diário britânico Daily Mirror, onde fez a antevisão ao duelo do próximo fim-de-semana com o Manchester United de José Mourinho. O técnico do Swansea destacou a importância da auto-confiança de um treinador, dando o seu próprio exemplo.
“Se um clube me despede, na próxima manhã, sinto pena deles, porque perderam um bom treinador“, atirou.
Carvalhal teceu rasgados elogios a Mourinho, embora se considere diferente do seu compatriota.
“Tento aprender com os melhores. Ele tem uma grande auto-confiança, como eu. Isso é preciso. Mas ele tem uma personalidade completamente diferente da minha.
Gosta de confronto. Gosta de lutar com as pessoas. E é muito bom quando luta. Eu sou completamente diferente. Gosto de me manter afastado da luta. Gosto de ganhar, mas, se alguém tenta lutar comigo, vão aperceber-se de que estão a lutar consigo próprios“, referiu.
Ainda assim Carvalhal realça o papel de Mourinho na abertura das portas do estrangeiro para os portugueses.
“A imagem dos portugueses no estrangeiro não é a mesma antes e depois de Mourinho. Antes dele, a geração de gente mais jovem estava a sair. Emigravam para França, Alemanha e Brasil. Mas saíam para trabalhos primários. Para limpar, para construir casas ou restaurantes. Era a imagem de Portugal. Mas Mourinho chegou e era moderno, tinha sucesso, falava bem e tinha confiança. Agora, 90% de quem tem 25 anos fala inglês e temos doutores, arquitetos e engenheiros fantásticos“, concluiu.